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Hospital da Mulher reforça importância de cuidados às gestantes que têm pressão alta

Gestantes, após 20 semana de gravidez, devem estar alertas para o risco de pré-eclâmpsia, uma complicação em que a gestante desenvolve pressão alta



Gestantes, após 20 semana de gravidez, devem estar alertas para o risco de pré-eclâmpsia, uma complicação em que a gestante desenvolve pressão alta, com grande risco para a mãe e o filho. Gestantes de risco merecem atendimento especializado, com rigorosa vigilância durante o pré-natal. Esse tipo de atenção é oferecida há anos às grávidas da Região Metropolitana de Campinas pela Unicamp, através do Ambulatório de Pré-Natal Especializado no Hospital da Mulher – Caism. Em média, são atendidas ali cerca de 30 grávidas por dia com condições de alto risco para pré-eclâmpsia, não só gestantes com hipertensão crônica, mas também com antecedente de pré-eclâmpsia, com doença renal, autoimune, hemoglobinopatias e neoplasias.

Esse atendimento tem aumentado por conta de um conjunto de fatores de risco que tem incidido nas grávidas, entre os quais a obesidade que avança no país, gravidez mais tardia, mulheres com mais comorbidades e, além disso, melhor controle clínico de muitas doenças graves, como doenças renais ou anemia falciforme, o que permite a manutenção da fertilidade e mais gravidezes.

No último dia 22 (terça-feira), a Unicamp foi uma voz que se somou a outras para lembrar o Dia Mundial da Pré-Eclâmpsia, em sua segunda edição, já incorporado no calendário de várias organizações internacionais. “A ideia, ao criar essa data, foi fazer com o que o mundo todo discutisse e divulgasse o assunto porque a pré-eclâmpsia é uma das causas de maior mortalidade e morbidade na gravidez e no pós-parto mundialmente”, comentou a docente do Caism, a obstetra Maria Laura Costa do Nascimento.

De acordo com a especialista, complicações hipertensivas representam a principal causa de morte materna no Brasil. “Então abordar o assunto e difundir os sinais e sintomas de gravidade é muito importante para a população, uma vez que no mundo todo morre uma mulher por pré-eclâmpsia a cada 20 minutos”, lamentou. “E o mais triste é que 99% dessas mortes ocorrem em países de baixa e média rendas.”

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